A escrita como um ato político

A escrita de Marilza de Melo Foucher é um ato político em um sentido complexo, como exercício de cidadania consciente, como memória da resistência e como reflexão sobre a vida concreta de um país observado com lentes de aumento de uma distância hermenêutica residida no tempo e no espaço.
Em sua visão, o futuro da democracia no Brasil está intimamente ligado à questão amazônica. Certamente, seu livro nos ajuda a pensar não só sobre a responsabilidade dos governos, mas também de cidadãos e profissionais, sem esquecer dos intelectuais, que nem sempre lembram da tarefa de transformar o mundo na prática, envolvendo a urgência da mudança da mentalidade econômica. A Economia, no percurso interdisciplinar de Marilza Foucher, transforma-se numa ciência moral voltada à melhoria das condições da vida humana e não humana no planeta em que habitamos.
Neste livro, ela reúne textos de alto valor histórico e reflexivo. O modo como a autora constrói suas ideias e o despertar de várias reflexões, nos fazem saber que, no fundo, é a poeta, tomada pelo Sentimento do mundo, que ainda segura a pena e nos oferece esta bela obra que, antes de mais nada, configura um corpus poético-político inesquecível.

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